Mudar não é como apagar algumas comunidades do seu Orkut e entrar em outras novas. Mudar é como arrumar as malas e sair de casa sem pegar dinheiro. Exige tempo, coragem e saco. O velho lendo o mesmo livro pela sexta vez na mesma praça, minha vó lavando louça depois do meio-dia mesmo depois de ter prometido não fazer isso depois de fazer as unhas, a minha vizinha que tenta não falar mal de toda a rua, mas fala. Você, que não agüenta mais ouvir das pessoas esse monte de críticas sobre um ou outro defeito seu, como se eles fizessem parte de alguma lista negra mundial. Nós magoamos os outros sem querer, brigamos, perdemos a cabeça, falamos sem pensar, pensamos sem falar, choramos no cantinho, gostamos de alguma banda duvidosa, acreditamos em amor. Não é por mal, não é pra fazer doer. Não acredito que ‘um dia as coisas mudam’, sinceramente. Tenho que começar por mim. Eu quero mudar. Não necessariamente pra melhor, eu sei, mas desde já evitando cair no pior. Ninguém disse que seria fácil. Só não me prive de tentar.
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