sexta-feira, 3 de setembro de 2010

ser ou não ser de ninguém..

     Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, levanta os braços, sorri e dispara: “eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”. No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração “tribalista” se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo – beijar na boca, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se esta namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas em um dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto, a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só pra dizer bom dia, ter uma companhia pra ir ao cinema, ter alguém pra fazer e receber cafuné, um colo pra chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter “alguém para amar”... Somos livres para optarmos, e ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e SE PERMITIR VIVER UM SENTIMENTO...!

desconheço o autor.

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