domingo, 4 de julho de 2010

 Quero o impossível, tenho paixão pelo inexplicável, admiro o intenso. Bato todo dia, apanho todas as noites, minha consciência não me deixa escapar. Acho delicioso o beijo com desejo, mas prefiro o abraço onde me reviro como se fosse um esconderijo. Amo tanto que me ralo, me quebro em mil pedaços para depois me colar, gosto de arriscar.. mas quando a consequência vem balanço quase para desmoronar. Depois sou tão forte, tão ferro, tão aço, que em qualquer cantinho logo me acho. Quero a fidelidade pulsante, assim como a minha que é evidente, se não perco o ardor, a perna estremece e minha alma jamais esquece.


  Quero o céu, quero todos os meus sonhos saindo do papel, do próprio sonho, quero um corpo colado no meu enlouquecendo o meu ser, quero espairecer, me atirar na areia e te encantar como um canto do tipo que só o amor semeia. Quero a música mais tocante, no seu coração que ela toque vibrante, quero sentir seu olhar tocando no meu coração, quero para isso jamais encontrar definição. Quero os problemas mais imundos, quero as dores mais profundas, para depois ressurgir do nada, inundada pela força que só eu terei, e que depois repartirarei.

  Quero meus filhos debaixo das minhas asas, um marido que apenas despeje toda sua felicidade em casa, quero a rotina sendo quebrada e toda meta sendo alcaçada. Quero a vida mais bruta, mais delicada, quero em cada esquina encontrar mais uma solução escancarada. Quero mais paciência, mais gritos, mais acalanto, quero meu pranto sendo afagado pelo amor sagrado, quero minhas lágrimas cessando pelo canto dos santos, quero minha alma mais leve, mais pesada, para que minha jornada seja de flores, de pedras, de montanhas, e que em cada traço, em cada pedaço, eu encontre um trajeto novo, triste, arrebatador... para sempre ressurgir como vencedor.
Gislaine P.

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